Não era a famosa garota, mas tinha o mesmo doce balanço e corpo dourado.
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...
Assim que a vi passar meu coração bateu mais forte.
Meu coração... bate feliz... quando te vê...
Como era de se esperar ela tinha alguém.
Laranja madura na beira da estrada está bichada Zé, ou tem marimbondo no pé...
Esse alguém era meu amigo!
Estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu...
Tentei esquecê-la, mas não consegui.
Esqueci de tentar te esquecer...
Resolvi ir à luta e procurá-la.
Resolvi te querer por querer...
O encontro aconteceu.
Esse seu olhar, quando encontra o meu...
Apelei para Vinícius.
Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar...
Fiz o pedido.
Se você quer ser minha namorada, ai que linda namorada você poderia ser...
Pela primeira vez na vida me vi apaixonado.
Eu que sempre fui tão inconstante, te juro meu amor, agora é pra valer...
Pra valer, mas nem tanto. Brigamos e voltamos algumas vezes
Começar de novo, e contar comigo...
Aprontei muito com ela.
Tantas você fez que ela cansou, porque você rapaz...
Ela também aprontou comigo.
Igualzinha a você, eu não presto, eu não presto...
Nosso caso chegou ao fim e cada um seguiu seu caminho.
Hoje eu saio na noite vazia, numa boemia sem razão de ser...
Ela virou uma doce lembrança.
Das lembranças que eu tenho na vida, você é a saudade que eu gosto de ter...
Saudade! Foi tudo que restou.
E por falar em saudade... Onde anda você?
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Meu Brasil brasileiro
— Por onde o dotô quer ir?
— Pela Niemeyer. Prefiro uma bala perdida do Vidigal que da Rocinha.
— A coisa tá feia mesmo. Outro dia o chefão da polícia foi se meter lá no Alemão e mandaram chumbo em cima dele. O dotô precisava ver a cara de assustado que ele fez.
— Foi bom pra ele sentir na pele o que está acontecendo na cidade. Estamos no meio de uma guerra civil e o governo diz que está tudo sob controle.
— O dotô conhece a tal de Suíça?
— Por que você está perguntando isso?
— Porque o Lula diz que lá ninguém fala mal do governo. Que tá todo mundo satisfeito.
— É porque lá os políticos são honestos. O presidente do senado não tem uma amante e uma filha sustentadas por uma empreiteira.
— Sendo político fica fácil, não é mesmo dotô? Eu queria ver ele ter duas famílias sendo taxista.
— É por essas e outras que a gente reclama. O pior é que não adianta nada, eles estão roubando cada vez mais e ninguém vai preso.
— Diz que no Japão quando um político é pego roubando ele se suicida.
— É verdade, mas lá é outra cultura. Se essa moda pega aqui eles iam arranjar alguém para se suicidar por eles. Iam terceirizar o suicídio.
— Mas aqui teve o Getúlio que se suicidou.
— Isso foi há mais de cinqüenta anos. Hoje eles perderam a vergonha na cara. São pegos com a mão na massa e negam tudo, inventam as maiores mentiras. Não dá mais pra acreditar em ninguém. Até o irmão do Lula está envolvido em maracutaia.
— O Lula chamou o irmão de lambari e disse que ele não fez nada de errado. Diz que ele é bobo.
— E você acredita nisso? Acha mesmo que ele é bobo?
— Bobo sou eu, dotô, que ralo o dia inteiro em cima desse táxi pra ganhar uma merreca. Tem dia que não dá nem pra pagar a diária.
— Enquanto isso lá em Brasília a roubalheira corre solta.
— A culpa disso tudo é do Lula. O negócio dele é festa, ele nunca tá aqui, tá sempre viajando. Um dia tá no jogo do Brasil na Inglaterra, outro tá na Índia e por aí afora. Ele só não fica em Brasília. O dotô sabe como que é, quando o gato não tá em casa, os ratos fazem a festa...
— Você queria o quê? O Lula nunca foi de trabalho, sempre viveu encostado em sindicatos e partidos políticos. E o curioso é que ele é o símbolo do partido dos trabalhadores. Mas ele agrada ao povão porque foi reeleito. Você é um que deve ter votado nele.
— Votei mesmo. É que ele fala a língua da gente e diz que as coisas vão melhorar.
— E melhora alguma coisa? Só se for pro lambari.
— Fazer o que, né dotô? Agora, como diz a ministra, relaxa e goza.
— Pela Niemeyer. Prefiro uma bala perdida do Vidigal que da Rocinha.
— A coisa tá feia mesmo. Outro dia o chefão da polícia foi se meter lá no Alemão e mandaram chumbo em cima dele. O dotô precisava ver a cara de assustado que ele fez.
— Foi bom pra ele sentir na pele o que está acontecendo na cidade. Estamos no meio de uma guerra civil e o governo diz que está tudo sob controle.
— O dotô conhece a tal de Suíça?
— Por que você está perguntando isso?
— Porque o Lula diz que lá ninguém fala mal do governo. Que tá todo mundo satisfeito.
— É porque lá os políticos são honestos. O presidente do senado não tem uma amante e uma filha sustentadas por uma empreiteira.
— Sendo político fica fácil, não é mesmo dotô? Eu queria ver ele ter duas famílias sendo taxista.
— É por essas e outras que a gente reclama. O pior é que não adianta nada, eles estão roubando cada vez mais e ninguém vai preso.
— Diz que no Japão quando um político é pego roubando ele se suicida.
— É verdade, mas lá é outra cultura. Se essa moda pega aqui eles iam arranjar alguém para se suicidar por eles. Iam terceirizar o suicídio.
— Mas aqui teve o Getúlio que se suicidou.
— Isso foi há mais de cinqüenta anos. Hoje eles perderam a vergonha na cara. São pegos com a mão na massa e negam tudo, inventam as maiores mentiras. Não dá mais pra acreditar em ninguém. Até o irmão do Lula está envolvido em maracutaia.
— O Lula chamou o irmão de lambari e disse que ele não fez nada de errado. Diz que ele é bobo.
— E você acredita nisso? Acha mesmo que ele é bobo?
— Bobo sou eu, dotô, que ralo o dia inteiro em cima desse táxi pra ganhar uma merreca. Tem dia que não dá nem pra pagar a diária.
— Enquanto isso lá em Brasília a roubalheira corre solta.
— A culpa disso tudo é do Lula. O negócio dele é festa, ele nunca tá aqui, tá sempre viajando. Um dia tá no jogo do Brasil na Inglaterra, outro tá na Índia e por aí afora. Ele só não fica em Brasília. O dotô sabe como que é, quando o gato não tá em casa, os ratos fazem a festa...
— Você queria o quê? O Lula nunca foi de trabalho, sempre viveu encostado em sindicatos e partidos políticos. E o curioso é que ele é o símbolo do partido dos trabalhadores. Mas ele agrada ao povão porque foi reeleito. Você é um que deve ter votado nele.
— Votei mesmo. É que ele fala a língua da gente e diz que as coisas vão melhorar.
— E melhora alguma coisa? Só se for pro lambari.
— Fazer o que, né dotô? Agora, como diz a ministra, relaxa e goza.
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